O território que os fenícios ocupavam corresponde em sua maior parte o atual Líbano. Era uma estreita faixa de terra, espremida entre as montanhas e o mar, com poucas áreas cultiváveis.
A pobreza do solo para a prática da agricultura fez com que os fenícios se dedicassem inicialmente a atividades como pesca e extração de cedro, madeira abundante em florestas dessa região.
Não é à toa que a bandeira do Líbano tenha uma árvore de cedro. Olha só:
A proximidade com a costa marítima e a intensificação gradual das atividades pesqueiras contribuíram para que os fenícios se dedicassem à construção de embarcações e se tornassem hábeis navegadores.
Por mais de 800 anos, entre 1400 e 1600 a.C., os fenícios dominaram o comércio no Mediterrâneo, substituindo os cretenses, povo que os precedeu na exploração marítima e comercial.
A Fenícia era composta de diversas cidades autônomas, cada qual com seu próprio governante e seus magistrados. Chamados de sufetes, esses magistrados eram oriundos da parcela mais rica da população, formada por alguns comerciantes, construtores de navios e proprietários de terra.
Entre as principais cidades fenícias, três exerceram sua supremacia política na região:
BÍBLOS (GEBAL)
SÍDON
TIRO
Sob o domínio de Tiro, a sociedade fenícia alcançou o período de maior poder. Seu porto chegou a ser, entre os séculos XII e VII a. C., o mais importante centro de comercio e artesanato do Mediterrâneo Oriental.
Pouco antes da tomada de Tiro, os fenícios fundaram a colônia de Cartago, no norte da África.
CARTAGO
Os fenicios navegavam por todo o Mediterrâneo, fundando colonias e organizando numerosos locais para a prática do comércio. Dessa forma, acabaram expandindo seus domínios e intensificando as relações com diferentes povos.
Seus navios, após atravessarem o estreito de Gibraltar e seguirem pelo Atlântico, chegaram a alcançar a atual Inglaterra e o litoral ocidental da África, onde se encontra hoje o Senegal.
Além de exímios navegadores, os fenícios comercializavam também produtos de outros povos e também os que eram produzidos em suas próprias terras:objetos de metal, tecidos púrpura e objetos de vidro e cerâmica. Um destaque vai para os tecidos, que eram tingidos com um corante extraído do múrex - um molusco encontrado no Mediterrâneo. Como o múrex era raro, tais tecidos tornaram-se artigos de luxo.
A mais importante contribuição dos fenícios para as sociedades atuais foi a criação, por volta de 1500 a. C., dos símbolos que possibilitaram a forma moderna de escrita: o alfabeto.
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